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Fair Play Financeiro: entenda a importância e como funciona

Mecanismo criado pela Uefa é responsável pela fiscalização financeira dos clubes

imagem camera(Foto: Arte Lance!)
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Rio de Janeiro (RJ)
Supervisionados porNathalia Gomes,
Dia 03/06/2025
10:21
Atualizado há 4 minutos

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Esta matéria integra uma série especial sobre o Fair Play Financeiro (FPF), mecanismo criado pela UEFA em 2009 com o objetivo de promover a sustentabilidade financeira no futebol europeu. A iniciativa estabelece limites de gastos baseados na arrecadação dos clubes, buscando prevenir crises econômicas, fortalecer o mercado de transferências e preservar a credibilidade das instituições esportivas. Entre os principais focos do regulamento estão o cumprimento de compromissos financeiros, como salários de funcionários, pagamento de impostos e acordos comerciais.

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Em entrevista ao Lance!, o advogado especialista em direito esportivo Douglas Teixeira, explicou as razões da Uefa por trás da criação do mecanismo e as implicações que teve ao longo dos anos desde a criação.

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- O principal intuito da instituição era criar barreiras para que os clubes viessem a gastar menos do que arrecadavam. Com isso, eventuais crises financeiras seriam resolvidas e o mercado de transferências ficaria cada vez mais sólido. Isso ajudou a melhorar a capacidade econômica dos clubes e a credibilidade dos clubes, tanto financeira quanto para futuras negociações, garantindo que as obrigações como pagamento de funcionários e demais acordos sejam cumpridas - disse o especialista.

Aplicação falha pode gerar problemas

Contudo, o FPF também enfrenta desafios em sua aplicação. Um exemplo emblemático é o caso do Manchester City, que aguarda julgamento por supostas violações ao regulamento, incluindo acusações de desvio de verbas por meio do City Football Group — holding que istra o clube e outras equipes, como o Bahia, no Brasil. Caso as irregularidades sejam confirmadas, o clube inglês poderá sofrer sanções severas, que vão desde perda de pontos na Premier League até rebaixamento ou cassação de títulos conquistados. Esse caso evidencia a importância do FPF como ferramenta regulatória, mas também revela suas limitações, especialmente diante de clubes com grandes receitas e forte poder de influência no mercado, que ainda mantêm vantagens competitivas sobre equipes de menor expressão.

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O Sheik Mansour bin Zayed al-Nahyan é dono do Manchester City, clube que protagoniza um dos maiores escândalos envolvendo Fair Play Financeiro (Foto: AFP)
O Sheik Mansour bin Zayed al-Nahyan é dono do Manchester City, clube que protagoniza um dos maiores escândalos envolvendo Fair Play Financeiro (Foto: AFP)

O Fair Play Financeiro, portanto, representa um marco na gestão econômica do futebol europeu. No entanto, sua eficácia depende de uma fiscalização rigorosa, de maior transparência contábil e de constantes atualizações para acompanhar as transformações do mercado, cada vez mais globalizado e desigual. Embora tenha contribuído para avanços importantes, o FPF ainda precisa evoluir para assegurar condições mais justas de competição entre clubes de diferentes portes e realidades financeiras.

Fair Play Financeiro no Brasil - como poderia ser?

Douglas Teixeira também explicou como uma possível implementação do Fair Play Financeiro poderia ser feita no futebol brasileiro, utilizando como inspiração outros modelos já existentes.

- O FPF no Brasil poderia adotar um modelo híbrido, combinando elementos de sistemas já existentes. Por exemplo, inspirar-se em La Liga, que impede a inscrição de novos jogadores até que o orçamento salarial esteja equilibrado; na Premier League, que aplica dedução de pontos por infrações financeiras; ou na França, onde o rebaixamento é uma possibilidade. Estabelecer limites de gastos baseados na arrecadação, aliados a punições claras, incentivaria os clubes a manterem a saúde financeira, evitando sanções e promovendo competições mais equilibradas - explicou.

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