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Gastar mais no futebol brasileiro traz resultados? Relatório aponta resposta

Pesquisa mostra o custo-benefício alcançado pelos clubes do Brasileirão após altos investimentos em diversos setores

imagem cameraClubes brasileiros tem investido cada vez mais em busca de resultados mais expressivos dentro de campo
Dia 03/06/2025
17:22
Atualizado há 2 minutos

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Não é uma exclusividade do futebol brasileiro que os investimentos dos clubes têm aumentado a cada ano e o mercado do futebol se tornou mais caro em diversas vertentes. Desde os valores de transferência e salários até os custos operacionais de viagem e estruturas internas, há uma crença de que os times que mais investem vão colher melhores resultados em campo. Mas essa máxima é real? Um relatório produzido pela Galapagos Capital aponta uma resposta.

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Assinado pelo economista Cesar Grafietti, especializado em gestão e finanças no esporte, o documento faz um raio-x do futebol brasileiro em diversos parâmetros financeiros. Entre eles, uma análise sobre os custos totais dos clubes da Série A do Brasileirão e o seu desempenho dentro de campo. No estudo, é levado em consideração a temporada 2024 da competição.

O Palmeiras e o Flamengo são os clubes que mais investem no futebol nacional, cenário que já é repetido há alguns anos. Os dois times foram o 2º e 3º colocados na temporada ada e apresentam dados que mostram um equilíbrio entre a parte financeira e técnica. Por mais que tenham algumas características diferentes, os rivais estão entro de uma média projetada pelo relatório e que é considerada positiva para o clube.

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O alviverde, por exemplo, é o time que tem menor percentual na relação de despesas e receitas, com 58%. Foram R$ 653 milhões em 2024 e uma receita de R$ 1,12 bilhão. O rubro-negro carioca aparece com 72% nesta comparação. Teve R$ 931 milhões de despesa e R$ 1,28 bilhão faturado. Ou seja, por mais que tenha custos consideravelmente maiores que o Palmeiras, o Flamengo consegue sustentar esse equilíbrio e tem uma saúde financeira positiva, além de ter resultados esportivos relevantes.

O Botafogo é um clube que apresenta um cenário diferente. O atual campeão do Brasileirão e da Libertadores surge no relatório como um time que tem um percentual de quase 80% na relação de despesas e receitas, acima da média de 75%. Mas para um clube que teve um custo abaixo da média, o resultado esportivo alcançado foi muito positivo.

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Mas o futebol brasileiro não é formado, em sua maioria, por clubes que mostram esse equilíbrio entre a bola e o dinheiro investido. Grafietti destaca no estudo que os gastos precisam ser eficientes para gerar esse equilíbrio. Em 2024, por exemplo, Atlético Mineiro (12º), Fluminense (13º) e Grêmio (14º) tiveram custos maiores que Bahia (8º), Cruzeiro (9º), Vasco (10º) e Vitória (11º), que ficaram à frente na tabela de classificação.

Fortaleza e Internacional, 4º e 5º colocados, respectivamente, levaram a melhor sobre São Paulo e Corinthians, 6º e 7º. A dupla paulista teve números bem superiores ao que foi investimento, acima da média dos clubes da Série A em 2024.

Estevão e Vitor Roque comemoram o gol do Palmeiras sobre o Vasco
Vitor Roque jogador do Palmeiras comemora seu gol durante partida contra o Vasco no estadio Mané Garrincha pelo Brasileirão (Foto: Mateus Bonomi/AGIF)

Relação entre receitas e despesas

Como foi apresentado, a média percentual na relação entre os custos e o faturamento foi de 75%. Na extremidade que está ao lado do Palmeiras, ou seja, bem abaixo da média, estão, na maioria, clubes com baixa receita, mas com despesas controladas, como Juventude e RB Bragantino. Mas há, também, clubes que reforçam a realidade de que a instabilidade em campo pode ser prejudicial ao financeiro.

Cuiabá e Athletico-PR, por exemplo, são times que se encaixam no perfil de equipes com baixo custo e faturamento, mas no campo tiveram maus resultados e foram rebaixados na Série B. A queda de divisão impacta, entre muitas áreas, a parte financeira, o que pode desequilibrar as finanças, com crescimento de dívidas e receitas menores.

No outro extremo estão clubes como o Bahia, que tem um e robusto de investimento do City Football Group (CFG) e dívidas baixas, e o Fortaleza, que tem um cenário parecido, mas já entra em um risco de desequilíbrio. O percentual na relação entre despesas do Leão do Pici é de 108%, enquanto o tricolor baiano fatura mais e chega a 114%.

Clubes em situação delicada

No ranking, times como o Corinthians e Atlético-MG até operam com um custo reduzido, mas esbarram em um outro problema: um montante de dívidas muito grande que não acompanha o que o clube consegue faturar após abater seus gastos. Apesar de estarem abaixo da média do percentual na relação de despesas e receitas, a dupla alvinegra não tem uma saúde financeira em dia.

Já o São Paulo, que ocupa a extremidade da direita, tem um cenário de: custos elevados, dívida elevadas, e riscos cada vez maiores. O tricolor paulista atinge 96% no percentual de comparação entre gastos e faturamento.

Corinthians investiu pesado em contratações na segunda janela de 2024. (Foto: Ag. Corinthians)

Origem dos gastos

Historicamente, o gasto com "pessoal" sempre representa o maior percentual das despesas dos clubes. Esses custos representam tudo aquilo que envolve os atletas e funcionários, como salários, encargos, direitos de imagem e de arena, premiações e deduções de natureza previdenciária de todos os funcionários.

O estudo mostra que nos últimos quatro anos a relação entre os gastos com "pessoal" e a receitas obtidas ficou em torno de 50%. No ano ado, apenas dois clubes que disputavam a Série A conseguiram reduzir os custos com "pessoal" em 2024, Palmeiras e RB Bragantino.

O clubes que mais investe nesse setor é o Flamengo, que cresceu 15% entre 2023 e 2024 e chegou a R$ 605 milhões de gasto com "pessoal". Entretanto, o rubro-negro carioca não é o que mais aumentou nesse intervalo. O Cruzeiro, por exemplo, alavancou em 69% os valores de pessoal, atingindo R$ 221 milhões no ano ado. O Internacional também aumentou, chegando a quase 30% de crescimento, e bateu R$ 274 milhões de gasto com o setor.

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